Foi uma semana estendida, pois terminei o estágio ontem (15/06) terça – feira, onde me convenci realmente que o trabalho em grupo deve ser uma permanente em sala de aula, pois além de elevar a auto – estima, permite que a criança fortaleça os laços de amizade, aceitando as diferenças de cada um, desenvolvendo a autonomia. Lembro dos primeiros trabalhos em grupo que realizei com a turma, foi preciso exercitar esta nova maneira de realizar atividades compartilhadas, eles sentavam juntos e conversavam outros assuntos, não sabiam na verdade o que era trocar ideias, pois poucas foram às vezes que haviam realizado trabalhos desta forma. Ainda existe crianças que se negam a realizare trabalhos em grupo, outro dia me surpreendi com a resposta de uma aluna quando indagada porque não trocava ideias com os colegas, ela me respondeu: “Prô, minha mãe não deixa eu perguntar nada para os colegas, só pra ti, tu tens que responder o que te pergunto, e não meus colegas, (e chorava...) minha mãe disse que posso sentar junto mas não posso trocar ideias como tu diz”, fiquei atônita com a resposta e tratei de convencer a menina e a mãe da necessidade e do grande ganho de conhecimento de todos com essa nova postura de realizar atividades. Esta última semana veio culminar um trabalho de conquista, aprendemos a partilhar e compartilhar experiências com os outros. A produção textual "A Revolução das focas”, por exemplo, realizada no editor de textos eletrônico comprovou mais uma vez que o trabalho onde todos participam os resultados com certeza é positivo. Interagi no sentido de orientação na busca (na internet) por imagens de focas, no processo de copiar e colar no trabalho. Fui de computador em computador e salvei algumas produções textuais no meu pendrive. Uma menina exclamou: “Prô, a nossa aula está MARA!”... (maravilha). (Essas colocações nos instigam a continuar e colocar em prática o que aprendemos com as interdisciplinas no PEAD). Procurei orientar e transmitir os conhecimentos que possuo sobre informática, permitindo a participação efetiva do aluno no manuseio dos computadores da escola e o no meu próprio computador, com internet móvel. Tenho um aluno que está encantado com o mundo da informática, pois não sabia nem como ligar um computador, assim como eu, imagina? Ele diz: “Prô eu não tenho computador, mas agora nós podemos sempre vim aqui, né”? Eu lhe respondi, que duas vezes por semana farei o possível para isso acontecer. O que me chamou muito a atenção neste final de estágio foi os alunos demonstrarem através das atividades propostas estarem mais familiarizados com LI e consequetemente com a internet, realizando pesquisas, realizando descobertas, sanando dúvidas e confirmando certezas. Posso dizer que culminei o estágio de “alma lavada”, como se diz, com uma prática pedagógica voltada aos interesses do aluno, com postura de prática pedagógica inovada, onde o aluno teve participação intensa, fazendo interferências e interagindo no processo de aprendizagem.
Como nos coloca o grande educador Paulo Freire:
“Só existe saber na invenção, na reivindicação, na busca inquieta, impaciente, permanente, que os homens fazem no mundo, com o mundo e com os outros... Fora de busca, for de práxis os homens não podem ser”...
FREIRE, Paulo. Currículo e pedagogia de Paulo Freire. Caderno Pedagógico, nº 2, Semana Pedagógica Paulo Freire, 2001 (P. 47)