sábado, 15 de maio de 2010
TERCEIRA SEMANA DE ESTÁGIO (26/04 A 30/04)
Postagem Referente à semana VII - (26/04 a 05/05)
De acordo com o texto: "Aprendizagem na vida adulta", Piaget deixou clara a existência de várias formas de características de entender um objeto de conhecimento – por exemplo, o indivíduo passa por estádios de desenvolvimento cognitivo e apresenta em seus estágios características bem definidas, principalmente o estádio operatório formal, conclui-se que está “apto” a resolver situações- desafios de maneira capaz e satisfatória. Com isso procuro oferecer ao aluno a oportunidade de pensar e desenvolver sua capacidade de expressar sua realidade, materializar seu pensamento e criar suas próprias soluções. Portanto a partir destas colocações iniciei a semana associando Produção textual com dados matemáticos, propondo a dissertação: “os números em minha vida” que havia realizado durante o curso nos semestres passados no Pbworks. Instiguei o aluno problematizando a idéia de como os números fazem parte de nossas vidas?... De que maneira?... Uma aluna disse: “Eu não tinha pensado que os números estão em toda parte em nossa vida: desde que nascemos”... Leram suas produções (sendo que alguns se recusaram a ler), comentaram as mesmas, admirados de poderem escrever sobre os números. Desafiei-os propondo soluções de sentenças matemáticas partindo de suas idades, ano de nascimento de um e de outro etc. Na aula "eu e o outro" por exemplo, o aluno foi instigado a falar de si. Como professora procuro ser mediadora na medida do possível, pois ainda estou muito bitolada a pedagogia tradicional, mas estou me policiando o tempo todo para não interferir a todo momento. Oferecer oportunidades ao aluno de poder realizar hipóteses e opinar com autonomia. Os aspectos que mais me chamam a atenção ultimamente é o processo de capacidade que o aluno está demonstrando através das atividades propostas, em que os mesmos interferem mudando alguns aspectos no meu planejamento com seu conhecimento prévio. Sinto que a cada dia eles estão conseguindo se “soltar” mais, ou seja, fazer comentários que até então não o faziam. Estão sentindo-se à vontade para expressar seus sentimentos. Estou aprendendo muito quando aceito o parecer do aluno, cresço interagindo com os mesmos. Na aula sobre “eu e o outro” com o uso do espelho foi outra surpresa pra mim e pra eles, com certeza. Eu havia esquecido de dizer-lhes para trazerem um espelho no outro dia, mas tudo deu certo. Algumas meninas tinham consigo alguns espelhos, os quais emprestaram para os demais colegas. Acharam graça no inicio, mas houve uma troca de ideias, falaram de si, sobre “Como me vejo”, pra muitos foi difícil falar de si, mas os que iniciaram a falar abriram caminho aos demais, havendo um intercâmbio de trocas de identidade, de respeito às diferenças. Abrindo um leque de possibilidades e reflexão do eu e dos outros. Os próprios alunos sugeriram o tema: Minhas qualidades boas e minhas qualidades não tão boas assim... Realizaram o trabalho em grupo, em duplas, através de poesia (acrósticos) e citações com ilustrações, etc. Houve uma sensibilização acerca de si e do outro, respeitando os limites do outro, procuraram através desta atividade sua identidade, estendendo-se a cerca das diferenças que compõem os grupos familiares e os grupos de convivência.
“Uma pessoa é tanto mais saudável quanto mais ela é desarmada e consegue falar de seus sentimentos e compreender as emoções dos outros.” (August Cury)
REFERÊNCIAS:
Auto-Imagem e Auto-estima na Criança Negra: um Olhar sobre o seu -Desempenho Escolar 1
Marilene Leal Paré 2 Beatriz Iwaszko Marques, Tania – “Aprendizagem Na Vida Adulta”
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Um comentário:
Ione!
Tua postagem está super rica, pois une teoria com a prática & traz exemplos que ajudam a compreender ainda mais os processos de aprendizagem ocorridos em tua sala de aula.
Grande abraço, Anice.
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