quinta-feira, 10 de setembro de 2009

REFLEXÃO E APRENDIZAGEM - SURDOS




A primeira aula presencial de Língua Brasileira de Sinais – Libras com certeza foi apenas o início de um conhecimento ímpar e marcante. A aula foi magnífica, não foi cansativa, fazendo com que todos participassem com prazer da proposta de aprendizagem. A interprete Maria Cristina Viana Laguna traduzia muito bem os sinais da professora para que entendêssemos os gestos. Eu totalmente leiga no assunto, sinceramente me assustava muito encontrar pessoas surdas, pois não sabia o que fazer, que atitude tomar e ainda não sei, claro, mas agora surgiu uma “luz” a partir da aula presencial, no sentido confesso, de um voto de confiança pra mim mesma, que vou conseguir ver e sentir de outra maneira a língua de sinais, e suas implicações.”A língua dos sinais, para o surdo, tem um valor importantíssimo: é ela que possibilita seu relacionamento com o mundo surdo e com o ouvinte; é a língua através da qual expõe naturalmente suas emoções”.( Língua Brasileira de Sinais – Libras. P. 39) A professora também explicou que a pessoa que admite ser surdo não é considerada deficiente auditivo. O que gerou muita polêmica, inclusive. Fiquei sabendo também como muitos colegas que Dia 26 de setembro é o dia dos surdos historicamente. Esse dia foi marcado pela chegada de um francês no Brasil que criou uma escola de surdos, a primeira escola de surdos. Este dia é de movimento dos surdos, ocupados no dia deles, fazendo eventos, oficinas, promovendo movimentos etc. Também explicou que os sinais do alfabeto são diferentes, por exemplo, no Brasil, França e Estados Unidos, porque existe influência histórica, a França foi onde criou os primeiros sinais, quando chegou aqui ela foi sendo modificada, assim como nos Estados Unidos. Outros países também têm seus Alfabetos Manuais (...). Senti através da prática que houve aprendizagem, conhecimento por pequeno que pareça, aprendi alguns poucos sinais na “hora” representando através de sinais a nossa idade e nome de cada um. Houve um interagir em grupo, trocando conhecimento. Além de a professora Carolina Hessel Silveira transmitir com muita facilidade e habilidade, tanto a teoria como a prática, demonstrou sabedoria através de sua larga experiência. Transmitindo segurança, nos deixou a vontade para a qualquer momento fazer interferências e tirar dúvidas que foram muitas, com certeza. Um assunto que pra mim particularmente era um tabu, na verdade, continua sendo, claro, mas sem medo de errar. Eu me surpreendi repetindo os gestos da professora, porque até então, nunca havia realizado qualquer movimento de sinais – Libras. Na atual conjuntura escolar precisamos ter um conhecimento mínimo que seja para podermos receber alunos com deficiência auditiva ou sem o sentido da audição. Ainda não tenho certeza da diferença, ou qual é a diferença, exatamente?!... Teria muito mais a colocar, mas vou parar por aqui e desejar para todos nós uma ótima aprendizagem neste novo desafio da interdisciplina de Língua Brasileira de Sinais – Libras, que promete muito conhecimento e competências transformadoras em nossa prática pedagógica, pessoal, intelectual, social etc.
Referências: Língua Brasileira de Sinais – Libra, Josiane Juni Facundo de Almeida e Silvana Araújo Silva, p. 39

Um comentário:

Anice - Tutora PEAD disse...

Olá, Ione! Gostei das tuas observações sobre a aula presencial. Interessante que, ao relatar como foi, aproveitas e comentas quais eram tuas dúvidas, pré-conceitos e conhecimentos no que se refere as libras e aos surdos. Bem legal! Abraço, Anice.