sábado, 29 de maio de 2010

Reflexão da VI semana de estágio (17/05 a 21/05)




Postagem referente a semana X (19/05 a 26/05)


Com o passar das semanas, senti que as aulas de educação física estavam deixando a desejar e resolvi iniciar a semana com atividades não – verbais, por meio de movimentos expressivos como imitar animais, equilibrar-se sobre cordas, cabo de guerra etc. De acordo com os PCNs a “participação em atividades rítmicas e expressivas” (p. 75), deve ser valorizado no 1º ciclo, com ênfase no ensino fundamental e aprofundado nos ciclos subsequentes. Assim fui instigada a seguir com produção textual (conectados com a aula anterior), realizando a descrição de um animal de livre escolha, com roteiro semi-estruturado. Dividi a turma em grupos. Aleatoriamente alguns alunos leram suas produções para a turma, sendo que observei que alguns alunos ainda apresentam dificuldades para ler e se expor, já que não o faziam habitualmente, além da timidez e falta de autonomia. Estou oportunizando atividades diversificadas para que possam superar estas dificuldades e possam ler com segurança e autonomia. Um aspecto que me chamou bastante a atenção esta semana foi a integração e empenho dos componentes dos grupos na atividade proposta na confecção das máscaras, que surgiu a partir da idéia de reaproveitamento de jornais velhos e uso de balões. Foi muito proveitoso e divertido o processo de confecção das mesmas. Cada aluno teve a liberdade de criar a sua, à sua maneira, que servirá para representações posteriormente. Lembrei da linha do tempo que havíamos realizado sobre fatos marcantes de nossa vida e do texto: A Reconstituição do passado pela memória, capitulo 12, p, 109 onde afirma “ temos que considerar que a noção de tempo mais lógica e perceptível para a criança é a ordem direta,ou seja, a ordem que vai do início para o fim, do passado para o presente,ou seja, a própria vivência do tempo que ela percebe em sua vida”.Parti desta idéia para que as crianças construíssem também, uma pequena linha do tempo com fatos marcantes, desde o nascimento até os dias atuais. Ficou muito interessante!
A roda de conversa nessas últimas semanas que antecedem o termino do estágio, percebo o esforço e empenho dos alunos em “fazer melhor”, ou seja, percebi o quanto os alunos estão mais interessados e preocupados com a oralidade e escrita. Solicitei que (como sempre faço) cada aluno lesse um parágrafo da leitura proposta, e um aluno (apresenta muitos erros de ortografia e dicção, entre outras peculiaridades) que sempre se negava a ler falou: “Prô, posso ler?” Sem dúvidas, sim, pode. Foi emocionante este fato em particular pra mim, ver este aluno (de quinze anos) espontaneamente querer ler pela primeira vez este ano, pensei: Ganhei o dia! Fato que evidencia o processo de aprendizagem!
Estou empenhada em voltar o meu planejamento em aulas mais dinâmicas e diversificadas, com o uso dos computadores e internet móvel no datashow. Aqueles alunos que estão fora do contexto da faixa etária, são os que justamente se sentem valorizados e me auxiliam com autonomia fazendo a conexão do notebook no datashow. Todos com a minha mediação têm permissão para teclar o not, (na medida do possível, claro). Os alunos abrem a sala, ligam e desligam os computadores do LI sozinhos, apenas verifico se realmente não tem nada ligado, antes de sairmos, e além disso tem os monitoras que me auxiliam, sempre. As crianças estão interagindo melhor em grupo, aceitando melhor a nova maneira de “estudar” como eles se referem quando estão realizando alguma atividade proposta. Outro dia um pai de um aluno conversando comigo expos: “Prô, tirei meu filho da escola “X” porque a professora insistia em não ensinar datas comemorativas como a do descobrimento do Brasil e disse para as crianças pensarem bem sobre como foi descoberto o Brasil, e não exigia que meu filho decorasse a tabuada, fui falar com ela e ela tentou argumentar e” (...) Então eu lhe disse: Se o senhor pensa que vai ser diferente aqui, está enganado, eu sou mediadora, mas quem vai descobrir é seu filho, vou lhe orientar para encontrar o “caminho” na realização das operações, encontrar através de estimativas e hipóteses o que procura, mas decoreba é coisa do passado. E assim argumentei lhe convencendo de que há outras maneiras de “estudar”, lhe relatando alguns exemplos, ele me ouviu balançando a cabeça em sinal de aprovação. O aluno que o pai falou a respeito comigo, era bitolado a uma apostila, na verdade. O menino não sabia o que fazer diante do que lhe propunha. Não conseguia colocar a sua opinião, me olhava como se não estivesse acreditando que poderia falar, manifestar seus conhecimentos prévios. Eu já havia recebido o ano passado uma aluna desta mesma escola, uma menina, que reagiu da mesma forma que o meu aluno, este ano. O “quadro” do meu aluno é muito semelhante com o “Menininho”, só que agora ele (meu aluno) se deparou com uma professora que lhe dá abertura. Hoje está superando devagarzinho o que lhe foi tentado arrancar, a liberdade de expressão, medo de se expor. Esse caso me fez lembrar o texto estudado na interdisciplina: Didatica, planejamento e avaliação “O menininho” de Helen Buckley, em que ficou claro que o menino só fazia o que a professora propunha e todos repetiam sem ousar a discutir o que havia sido “proposto”. Onde todos fazem a mesma folhinha, o que diferencia é o colorido com o lápis de cor, uns mais fortes, outros mais fracos, TODOS IGUAIS exposto na parede como se fossem eles (os alunos) que fizessem! .... Fica mais uma vez evidente de que estou colocando em prática as teorias que aprendi quando estou realizando atividades e atitudes diferenciadas do costumeiro, da mesmice!
Solicitei que (como sempre faço) cada aluno lesse um parágrafo da leitura proposta, e um aluno (apresenta muitos erros de ortografia e dicção, entre outras peculiaridades) que sempre se negava a ler falou: “Prô, posso ler?” Sem dúvidas, sim, pode. Foi emocionante este fato em particular pra mim, ver este aluno (de quinze anos) espontaneamente querer ler pela primeira vez este ano, pensei: Ganhei o dia!
Os alunos foram incentivados a ler e construir gráfico de barras, com o número de aniversariantes de cada mês. Não haviam feito nenhum tipo de gráfico nas séries anteriores. Foi um conhecimento novo pra eles. Aproveitei os números de aniversariantes de cada mês e propus desafios envolvendo a idéia de tirar, comparar, adicionar, “a mais que” etc.
Procurei explicar os passos para criar um texto no Word e como colocar na pastinha criada no dia anterior, com o uso do notebook através do datashow, onde todos pudessem participar coletivamente, pra terem uma idéia. Tudo que aprendi estou tentando transmitir de forma simples aos meus alunos. No dia 21/05 tivemos a satisfação de receber o professor Paulo Slomp e a Tutora Bianca que interagiram com as crianças!
Obrigado!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

REFLEXÃO DAREFLAXÃO DA V SEMANA DE ESTÁGIO - 10/05 a 14/05




Postagem Referente a semana IX (12 a 19/05)

Foi uma semana recheada de indagações e descobertas. Iniciamos a semana com a elaboração de regras de convivência no grupo de pertencimento, no momento a sala de aula. Promovi uma discussão acerca dos pontos que devemos respeitar e observar para elaboração das regras de convivência. Deixei-os a vontade para escolherem os colegas para formar os grupos. A discussão entre os componentes do grupo gerou muita troca de ideias e sugestões de todos.. Lembrei- os de refletir sobre pontos significativos para a turma. Portanto: “O processo de socialização da criança consiste na “construção progressiva do universo objetivo a partir da vitória sobre o egocentrismo” que se refere Piaget, nada mais é do que o mundo dos objetos e o mundo dos outros.” Também fizeram uma reflexão sobre o processo e fatos dos negros vindos da África através da leitura e reflexão do poema “Para Refletir”, vídeos e críticas a imagem da obra de Debret. Contemplando as várias áreas do conhecimento interdisciplinares, fazendo uma inter-relação das mesmas. Assim havendo uma maneira de poder romper com as fronteiras das disciplinas, unindo assim, as diversas áreas do saber, no sentido de melhor oferecer ao aluno a visão do todo. (PETRÁGLIA, 1993, P.32). Colocaram seus pontos de vista, inclusive com exemplos. Assistiram ao vídeo: A abolição da escravatura http://www.youtube.com/watch?v=KsJKQjN_qqE. Onde três mocinhas cantando e explicando com palavras simples as leis que favoreceram os negros em nosso país. As crianças acompanharam cantando e compreendendo um pouco do processo histórico e influência na formação étnica e cultural brasileira. As crianças sugeriram também o vídeo Kiriku e a Feiticeira (fragmento do filme, em desenho) menino nascido na África (...). Fizemos leitura e interpretação enfatizando a oralidade da música: Aquarela brasileira com Martinho da Vila. Travou-se um debate em torno do tema preconceitos e gosto musical. “Mais do que a possibilidade de escutá-la, a música nos permite sentir que somos escutados, em um ponto onde a mensagem do Outro se torna nossa própria palavra” como afirma Ana Paula Melchiors Stahlschmidt. ( De quem é a música?).
Sinto que os alunos estão se aproximando mais uns dos outros, com mais socialização e aceitação das diferenças, o que me levou a pensar na seguinte colocação: “Educar se constitui no processo em que a criança ou o adulto convive com o outro, se transforma espontaneamente, de maneira que seu modo de viver se faz progressivamente mais congruente com o outro no espaço de convivência (MATURAMA, 2002, p. 29).

domingo, 16 de maio de 2010

QUARTA SEMANA DE ESTÁGIO (03/05 A 08/05)





REFLEXÃO REFERENTE A SEMANA VIII -(05/05 A 12/05)

Esta semana comecei a me “sentir mais familiarizada” em realizar um paralelo entre a teoria e minha prática pedagógica. No começo parecia uma iniciante, mas “de repente” as coisas começaram a tomar forma, tudo começou a clarear em relação ao meu papel de educadora com ideias inovadoras e com pressa de colocar em prática. Mesmo às vezes esbarrando com o tradicional, e um pouco insegura, não está me impedindo de tentar trabalhar de outra maneira e com fundamentação. Esta constatação me deixou mais fortalecida e com ânimo de trabalhar com alunos que mesmo resistentes estão aceitando e participando mais confiantes nos trabalhos propostos, querendo mudar. Aí é que esta a situação –problema, o desfio para nós todos, alunos – professores, deixar acontecer, “com o balançar da carruagem as aboboras” se ajeitam. Estavam acostumados apenas com o quadro “cheio de atividades”, caderno também “cheio de lições”, e hoje os pais estão começando a admitir e apreciar o meu trabalho. Estão entendendo que a agregação das TICs se faz necessário e pertinente na instituição escolar. O trabalho que as crianças realizaram nos computadores revelam tal afirmação. Quem não acompanhar o ritmo inovador vai ficar deslocado e formar alunos fora do contexto social atual. Hoje a sociedade exige de nós educadores uma nova postura na educação, preparando o aluno pra ser um cidadão que tenha vez e voz, nos vários grupos de pertencimento. Portanto precisamos nos engajar nesta nova maneira de ensinar. O aluno hoje participa da prática do planejamento, fazendo interferências quando necessário, e nós educadores temos que permitir esta manifestação. O nosso trabalho de educadores é árduo, mas prazeroso quando se faz com vontade e, além disso, parece que tudo vem ao nosso encontro quando manifestamos vontade de aprender, agregando velhas competências à novas competências. Quando conseguirmos praticar nossas aulas desta maneira, vamos sentir que não precisamos também “estudar” para desenvolver o planejamento, pois o aluno já esta preparado para mergulhar no trabalho proposto, só falta a nossa permissão, sem medo de mudar, de ser feliz!!! O trabalho que as crianças realizaram no Laboratório de informática e na sala do Data Show, comprovam da necessidade e o prazer das crianças com o novo. As crianças foram na sala do data Show onde assistiram o vídeo: Os Tipos de mães, o que se encantaram, e assim surgiu a idéia de criarmos um slides das mães. Foi a partir daí que nasceu o nosso trabalho. Houve uma troca muito grande de conhecimento, um colega contribuindo com o crescimento do outro, auxiliando de maneira solidária, cooperando e colaborando para que todos fizessem os trabalhos propostos. Segundo Piaget, para o aprendizado acontecer é necessário que o professor deixe o aluno colocar em prática suas ideias, suas curiosidades: “A Psicologia de Piaget está fundamentada na idéia de equilibração e desequilibração. Quando uma pessoa entra em contato com um novo conhecimento, há naquele momento um desequilíbrio e surge a necessidade, de voltar ao equilíbrio. O processo começa com a assimilação do elemento novo, com a incorporação às estruturas já esquematizadas, através da interação. Há mudanças no sujeito e tem início o processo de acomodação, que aos poucos chega à organização interna. Começa a adaptação externa do sujeito e a internalização já aconteceu. Um novo desequilíbrio volta a acontecer e pode ser provocada por carência, curiosidade, dúvida etc. O movimento é dialético (de movimento constante) e o domínio afetivo acompanha sempre o cognitivo (habilidades intelectuais), no processo endógeno". Houve uma atitude inesperada por mim quando acessei videos sobre Libras, em consequencia ao Dia do silêncio. Os alunos imediatamente responderam dialogando através de sinais. Esse momento foi muito prazeroso e de muito conhecimento (...).
Quando fomos pra sala de informática a intenção era desenhar umas carinhas no Paint (representando os tipos de mães), e eles me deram “um banho” de conhecimento, apenas auxiliei alguns menos informados e só se via colegas auxiliando colegas. Transformaram o que seriam apenas umas carinhas exprimindo sentimentos, em cartões para as mães. Fizeram desenhos em forma de cartão (simples), alguns com mensagens. Já havíamos usufruído dos computadores, mas não havia um objetivo concreto assim. Então o tempo foi curto para desenvolver tantas ideias e os computadores apenas nove. Com tantos alunos, ficou inviável que todos pudessem terminar o trabalho em tempo hábil ao dia das mães. Mas eles apreciaram os primeiros contatos com o laboratório de informática e sala de vídeo e data show. Alguns alunos comentaram “ Na próxima aula podemos terminar o que começamos hoje? tu vais “gravar” no teu pendrive?” Concomitante desenvolvemos no PowerPont (no note book) slides com o o título: Tipos bem humorados de mães, que havíamos combinado. Na medida do possível cada um teve o prazer de teclar, contribuindo com sugestões para construção do mesmo. Salvei os trabalhos realizados por eles no meu pendrive e no computador. Ficaram felizes, pois eles tiveram participação efetiva no mesmo. Isto não significa o fim dos conteúdos, mas sim, uma nova maneira de aprender de forma mais atualizada, digamos assim (...)
No sábado as mães compareceram na escola para assistirem ao teatro alusivo as mesmas. Mas para surpresa das mães que compareceram, o diretor no final do espetáculo teatral convidou-as (com o uso do microfone) para se encaminharem a sala do Data Show (o que as crianças estão se familiarizando, e como!...) que a professora Ione teria algumas colocações a lhes fazer. Imaginem a surpresa delas! ... As crianças estavam eufóricas... Uma mãe exclamou: “Por isso que a fulana comenta tanto deste tal de data show, é maravilhoso!” Abri os arquivos com os trabalhos desenvolvidos na sala de informática, fotos de cada um, as crianças trabalhando em grupos, amostras de trabalhos realizados em sala e aula, e por último os sildes que eles contribuíram na construção do mesmo! Foi gratificante sentir a satisfação das crianças que estão realizando trabalhos diferenciados do costumeiro e pais aceitando o trabalho desenvolvido, apesar de haver uma certa resistência por parte de alguns, o que é natural. A reflexão da semana está no meu pbworks ioneestagio, com fotos, videos e maiores detalhes da semana.
Referências: Teoria Piagetiana
http://www.monografias.brasilescola.com/psicologia/piaget-vygotsky--diferencas-semelhancas.htm visitado em 16/05/2010 às 11:30

sábado, 15 de maio de 2010

TERCEIRA SEMANA DE ESTÁGIO (26/04 A 30/04)




Postagem Referente à semana VII - (26/04 a 05/05)



De acordo com o texto: "Aprendizagem na vida adulta", Piaget deixou clara a existência de várias formas de características de entender um objeto de conhecimento – por exemplo, o indivíduo passa por estádios de desenvolvimento cognitivo e apresenta em seus estágios características bem definidas, principalmente o estádio operatório formal, conclui-se que está “apto” a resolver situações- desafios de maneira capaz e satisfatória. Com isso procuro oferecer ao aluno a oportunidade de pensar e desenvolver sua capacidade de expressar sua realidade, materializar seu pensamento e criar suas próprias soluções. Portanto a partir destas colocações iniciei a semana associando Produção textual com dados matemáticos, propondo a dissertação: “os números em minha vida” que havia realizado durante o curso nos semestres passados no Pbworks. Instiguei o aluno problematizando a idéia de como os números fazem parte de nossas vidas?... De que maneira?... Uma aluna disse: “Eu não tinha pensado que os números estão em toda parte em nossa vida: desde que nascemos”... Leram suas produções (sendo que alguns se recusaram a ler), comentaram as mesmas, admirados de poderem escrever sobre os números. Desafiei-os propondo soluções de sentenças matemáticas partindo de suas idades, ano de nascimento de um e de outro etc. Na aula "eu e o outro" por exemplo, o aluno foi instigado a falar de si. Como professora procuro ser mediadora na medida do possível, pois ainda estou muito bitolada a pedagogia tradicional, mas estou me policiando o tempo todo para não interferir a todo momento. Oferecer oportunidades ao aluno de poder realizar hipóteses e opinar com autonomia. Os aspectos que mais me chamam a atenção ultimamente é o processo de capacidade que o aluno está demonstrando através das atividades propostas, em que os mesmos interferem mudando alguns aspectos no meu planejamento com seu conhecimento prévio. Sinto que a cada dia eles estão conseguindo se “soltar” mais, ou seja, fazer comentários que até então não o faziam. Estão sentindo-se à vontade para expressar seus sentimentos. Estou aprendendo muito quando aceito o parecer do aluno, cresço interagindo com os mesmos. Na aula sobre “eu e o outro” com o uso do espelho foi outra surpresa pra mim e pra eles, com certeza. Eu havia esquecido de dizer-lhes para trazerem um espelho no outro dia, mas tudo deu certo. Algumas meninas tinham consigo alguns espelhos, os quais emprestaram para os demais colegas. Acharam graça no inicio, mas houve uma troca de ideias, falaram de si, sobre “Como me vejo”, pra muitos foi difícil falar de si, mas os que iniciaram a falar abriram caminho aos demais, havendo um intercâmbio de trocas de identidade, de respeito às diferenças. Abrindo um leque de possibilidades e reflexão do eu e dos outros. Os próprios alunos sugeriram o tema: Minhas qualidades boas e minhas qualidades não tão boas assim... Realizaram o trabalho em grupo, em duplas, através de poesia (acrósticos) e citações com ilustrações, etc. Houve uma sensibilização acerca de si e do outro, respeitando os limites do outro, procuraram através desta atividade sua identidade, estendendo-se a cerca das diferenças que compõem os grupos familiares e os grupos de convivência.
“Uma pessoa é tanto mais saudável quanto mais ela é desarmada e consegue falar de seus sentimentos e compreender as emoções dos outros.” (August Cury)

REFERÊNCIAS:
Auto-Imagem e Auto-estima na Criança Negra: um Olhar sobre o seu -Desempenho Escolar 1
Marilene Leal Paré 2 Beatriz Iwaszko Marques, Tania – “Aprendizagem Na Vida Adulta”

terça-feira, 4 de maio de 2010

SEGUNDA SEMANA DE ESTÁGIO





Postagem Referente a Semana VI (19 a 26/04).

Esta segunda semana de estágio foi bastante agitada, muito lúdica e com grandes expectativas. Procurei articular leitura, música, escrita e vídeos, contemplando o “assunto” em pauta, durante a semana. Como não temos acesso aos computadores, ainda, levei o notebook com internet móvel para a sala de aula. Houve um momento em que o CD da música que havia planejado falhou, os alunos me orientaram, (todos juntinhos ao redor do note) para que eu acessasse a internet para ver o clip da música de Jorge bem Jor, e assim procedi com a orientação deles. Evidenciei através desta troca de conhecimento e aprendizagem coletiva que estava realmente contemplando as teorias estudadas durante os semestres. Procuro nortear minha prática enfatizando a capacidade de convivência com o outro, de aprender com o outro, como fizemos, por exemplo, no caso da integração de todos na roda de conversa para introdução de uma problematização, reflexão e sistematização. Penso que as palavras de Freire expressam o trabalho que estou desenvolvendo com meus alunos. “...ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou sua construção.”Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender.”Realizei trabalhos voltados ao conhecimento prévio do aluno, procurando instigá-lo a falar, expressar sua opinião, sem medo de errar, em busca de soluções e descobertas juntos. A dinâmica da caixa com terra, foi semelhante a dança das cadeiras, ou batata quente. Foi muito interessante, instigando o aluno a argumentar sobre o conteúdo da caixa, TERRA. O Trabalho teve entre outras coisas o objetivo de socialização, de desenvolver a consciência da vontade de aprender e respeitar o grupo, o qual cada um contribui valorizando e defendendo suas próprias ideias, respeitando a opinião do coletivo. A aula diversificada levanta o ânimo dos alunos, que consequentemente alimentará a auto – estima de cada um e coletivamente. Com isso as palavras de Freire se fazem presentes constantemente na minha prática pedagogia: “Só existe saber na invenção, na reinvenção, na busca inquieta, impaciente, permanente, que os homens fazem no mundo, com o mundo e com os outros. Busca esperançosa também” Paulo Freire

sábado, 1 de maio de 2010

Primeira Semana de Estágio - Reflexão


Postagem Referente à quinta semana (12 a 19/04)

Fiquei bastante satisfeita em iniciar minhas funções como estagiaria nesta semana. A sensação de estar novamente estagiando é estranho! Estou me sentido como uma adolescente experiente a caminho da graduação tão esperada por longos anos. Em vésperas de me aposentar, posso garantir que a emoção é muito grande. A arquitetura Pedagógica que elaborei foi baseada em peculiaridades pertinentes que observei por muitos anos de profissão e especialmente com as turmas que estou trabalhando este ano letivo. Alunos sedentos por trocas de ideias com colegas, alunos militarmente em fila, padrão, impedidos de expressar suas opiniões, solitários com a sala cheia de colegas e muitas vezes um professor também desanimado. Alunos com dificuldades de aceitação do outro, sem saber trabalhar em equipe. Alunos que apresentam sintomas de desânimo diante de propostas de atividades sem criatividade e sem fundamento. Há necessidade de mudar. Calcada na mistura de modelos dos mais expressivos construtivistas como: Piaget que foi o construtivista do sujeito da inteligência, como ele mesmo deixou claro muitas vezes em suas colocações, Vygostski, Emilia Ferreiro, Paulo Freire, etc. Fica evidente que estou em busca de propostas que venham ao encontro do conhecimento prévio do aluno e sua socialização no grupo. Então iniciei com uma dinâmica onde puderam se conhecer melhor, um contato mais descontraído de maneira sutil com o outro, a “teia de aranha”. A partir da primeira semana iniciei uma verdadeira maratona de atividades diversificadas na medida do possível, propostas, tentando atingir objetivos de mudanças de comportamento e atitudes, em busca da retomada da auto - estima, prática da cidadania, interagir com o “outro”(eu e o outro) de maneira natural e prazerosa!